quarta-feira, 25 de maio de 2011

Um grande poeta


Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, noJornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de DrummondAlguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. EmSentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O famoso Walcyr Carrasco

Walcyr Carrasco nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Bernardino de Campos, em 2 de dezembro de 1951.Dedicou-se sempre a escrever. Em televisão apareceu em 1989, assinando a novela: 'Cortina de Vidro", no SBT. Depois foi para a TV Manchete, mas como tinha contrato com o SBT. assinava com o pseudônimo de Adamo Angel. Para a Manchete fez as novelas;"Rosa dos Rumos";"Filhos do Sol";"O Guarani"; "Retrato de Mulher"; "Xica da Silva";"Fascinação". Mas a novela ,"Xica da Silva" fez tanto sucesso, que a história de seu pseudônimo foi revelada e ele voltou ao SBT. Seu sucesso maior, porém, veio a seguir, quando ele foi para a Rede Globo de Televisão e fez uma sequëncia de grandes novelas. Isso aconteceu em 2000. Ele assinou:"O Cravo e a Rosa"; "Brava Gente'; "A Padroeira";; "Esperança";"Chocolate com Pimenta"; "Alma Gêmea"; e "O Profeta". ( 2006-2007) Todas marcaram seu estilo leve, engraçado, bem brasileiro e que atinge profundamente o coração do povo. Walcyr Carrasco escreve crônicas para a Revisa Veja São Paulo. E tem vários livros publicados, sendo o último;"Senhora das Velas". Ele é um principais autores de novelas, no cenário artístico atual

Nei Lopes o grande escritor e compositor brasileiro

Nei Braz Lopes (Rio de Janeiro(no bairro de Irajá), 9 de Maio de 1942), ou simplesmente Nei Lopes, é um cantor, compositor e escritor brasileiro.
Notabilizou-se como sambista, principalmente pela parceria com Wilson Moreira
Sambista, compositor popular e, hoje, cada vez mais escritor, Nei vem, desde pelo menos os anos 80, marcando decisivamente seu espaço, às vezes com guinadas surpreendentes.
Ligado às escolas de samba Acadêmicos do Salgueiro (como compositor) e Vila Isabell (como dirigente), hoje mantém com elas ligações puramente afetivas.
Compositor profissional desde 1972, vem, desde os anos 90 esforçando-se pelo rompimento das fronteiras discriminatórias que separam o samba da chamada MPB, em parcerias com músicos como Guinga, Zé Renato e Fátima Guindes.

Nosso orgulho brasileiro

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João Guimarães Rosa nasceu em Cordisburgo (MG) a 27 de junho de 1908 e era o primeiro dos seis filhos de D. Francisca (Chiquitinha) Guimarães Rosa e de Florduardo Pinto Rosa, mais conhecido por "seu Fulô" comerciante, juiz-de-paz, caçador de onças e contador de estórias.

Joãozito, como era chamado, com menos de 7 anos começou a estudar francês sozinho, por conta própria. Somente com a chegada do Frei Canísio Zoetmulder, frade franciscano holandês, em março de 1917, pode iniciar-se no holandês e prosseguir os estudos de francês, agora sob a supervisão daquele frade.
Terminou o curso primário no Grupo Escolar Afonso Pena; em Belo Horizonte, para onde se mudara, antes dos 9 anos, para morar com os avós. Em Cordisburgo fora aluno da Escola Mestre Candinho. Iniciou o curso secundário no Colégio Santo Antônio, em São João del Rei, onde permaneceu por pouco tempo, em regime de internato, visto não ter conseguido adaptar-se — não suportava a comida.
De volta a Belo Horizonte matricula-se no Colégio Arnaldo, de padres alemães e, imediatamente, iniciou o estudo  do alemão, que aprendeu em pouco tempo. Era um poliglota, conforme um dia disse a uma prima, estudante, que fora entrevistá-lo:
Falo: português, alemão, francês, inglês, espanhol, italiano, esperanto, um pouco de russo; leio: sueco, holandês, latim e grego (mas com o dicionário agarrado); entendo alguns dialetos alemães; estudei a gramática: do húngaro, do árabe, do sânscrito, do lituânio, do polonês, do tupi, do hebraico, do japonês, do tcheco, do finlandês, do dinamarquês; bisbilhotei um pouco a respeito de outras. Mas tudo mal. E acho que estudar o espírito e o mecanismo de outras línguas ajuda muito à compreensão mais profunda do idioma nacional. Principalmente, porém, estudando-se por divertimento, gosto e distração.
Em 1925, matricula-se na então denominada Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, com apenas 16 anos. Segundo um colega de turma, Dr. Ismael de Faria, no velório de um estudante vitimado pela febre amarela, em 1926, teria Guimarães Rosa dito a famosa frase: "As pessoas não morrem, ficam encantadas", que seria repetida 41 anos depois por ocasião de sua posse na Academia Brasileira de Letras.

Um brilhante escritor

Carlos Alberto Libânio Christo,conhecido com Frei Betto nasceu no ano de 1944, em Belo Horizonte, MG, Filho de um cronista do jornal Estado de Minas e de uma autora de livros sobre culinária, manifestou desde cedo a vocação para a escrita. Em 1965, entrou para o convento dos dominicanos, onde se tornou frade. Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia.

          Como jornalista, atuou na Revista Realidade e no jornal Folha da Tardedesafiando a censura do regime militar. Foi preso político de 1969 até 1973.

          Foi a partir de um livro publicado nesse período que ganhou renome nacional e internacional. Com o livro Batismo de sangue, de 1983, ganhou o Jabuti, principal prêmio literário do Brasil.

          Assessor da Pastoral Operária e de movimentos populares, colabora com vários jornais e revistas.
          Algumas obras já publicadas: Castas da prisão, 1974; O fermento na massa, 1981; O dia de Ângelo, 1987; Essa escola chamada vida, 1988 (em parceria com Paulo Freire e Ricardo Kotscho); A menina e o Alfabetto, autobiografia escolar, 2002.